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sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Gregori Warchavchik - Em 1927, realizou o projeto da residência da Rua Santa Cruz, Vila Mariana em São Paulo, considerada a primeira casa modernista no Brasil, ...

Gregori Warchavchik, Arquiteto de origem russa que se radicou no Brasil a partir de 1923, conhecido como o introdutor da arquitetura moderna no Brasil. Nascido em 1896 em Odessa, onde iniciou seus estudos em arquitetura. Em 1918 obteve o grau de arquiteto no Instituto Superior de Belas Artes de Roma. Trabalhou durante dois anos com o importante arquiteto italiano Marcello Piacentini, com quem realizou diversas obras na Itália. 

Em 1927, realizou o projeto da residência da Rua Santa Cruz, Vila Mariana em São Paulo, considerada a primeira casa modernista no Brasil, que surge como uma revolução no panorama arquitetônico paulistano. Escreve diversos manifesto polêmicos na imprensa da época, sempre defendendo o movimento moderno em detrimento do provincianismo da arquitetura que aqui se realizava. 

Nos anos 30, associa-se ao arquiteto carioca Lucio Costa quando projetam diversos conjuntos habitacionais no Rio de Janeiro. Deixou uma grande obra construída, sendo hoje das mais importantes referências para o estudo da arquitetura moderna no Brasil.

Gregori Warchavchik

Foto ]
Gregori Warchavchik imagem do arquivo da família de Gregori Warchavchik




reunião

escritório

fachada original

portão e fachada

 varanda


imagens do acervo do Centro de memória do Bixiga - álbum CMB.AV.F.553001



fachada - dias atuais


sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Walter Taverna e o Centro de Memória do Bixiga

Rua Treze de Maio, 569 - Bixiga - São Paulo - SP - centrodememoriadobixiga@gmail.com





@edisonmariotti - fonte do acervo do Centro de Memória do Bixiga - código álbum CMB.AV.F.533001 - fotografa - Luciana Figueiredo

Sino da sorte: simpatia italiana




Para conquistar a pessoa querida,
ganhar dinheiro,
arranjar trabalho,
ter saúde,
você e sua família

Olhe o sino da sorte, pendurado no batente da porta de entrada da Cantina da Dona Concheta, do Walter Taverna. Faça um pensamento positivo e o seu pedido. Toque o sino. Duas vezes, para ganhar o amor de uma pessoa. Três, para conseguir trabalho e dinheiro. Quatro, para ter saúde, você e sua família. Depois fale: Deus te abençoe.
Dá resultado? Algumas pessoas dizem que conseguiram, segundo Walter Taverna. Outras falam que estão esperando. São muitos os que batem o sino em busca da felicidade, segundo o taverneiro.


A Casa de Dona Yayá - Patrimônio no Bixiga



Tesouro urbano
A Casa de Dona Yayá revela importantes detalhes da arquitetura paulistana

por Jorge Belchior Santos

Construída provavelmente no final da década de 1870, a Casa de Dona Yayá situa-se à rua Major Diogo, 353, no bairro do Bixiga, a um quilômetro da Praça da Sé. Mas, originalmente, localizava-se fora do perímetro urbano, tendo funções de casa de campo ou chácara. Assim, era o local perfeito para abrigar sua proprietária, uma mulher com problemas mentais e rica o bastante para ter o luxo de um sanatório particular.



Quando sua dona a comprou, a residência já havia tido três proprietários. Cada um realizou ampliações no local – sem, no entanto, nunca derrubar nada da versão anterior, apenas construindo em volta. Quando a casa passou para Dona Yayá, novas modificações foram feitas, como a inclusão de um solário – algo típico dos tratamentos psiquiátricos da época.
Sebastiana de Mello Freire, ou Dona Yayá, nasceu em 1887, em uma família abastada, marcada por calamidades. Suas duas irmãs morreram ainda jovens e de formas trágicas. Seus pais adoeceram e morreram com apenas dois dias de diferença, quando a moça tinha apenas 12 anos. Seu irmão mais velho, que também sofria das faculdades mentais, se atirou ao mar durante uma viagem de barco.
Em 1918, Yayá apresentou os primeiros sinais de enlouquecimento ao tentar o suicídio. De forma a ser afastada da sociedade, passou a morar no casarão da rua Major Diogo a partir de 1925, com sua amiga e madrinha Eliza Grant, sua prima Eliza de Mello Freire e seu enfermeiro. Veio a falecer em 1961.
Com a morte de Sebastiana, o imóvel não teve finalidade fixa, até ser transferido definitivamente, em 1969, para o Centro de Preservação Cultural da USP (CPC). Uma das tentativas que não prosperaram, por questões burocráticas, foi a de instalar ali o Museu Memórias do Bixiga. Até que, em 2004, foi transformado em Centro Cultural. Uma reforma extraiu as camadas de tinta superiores para exibir aos visitantes os afrescos que cobriam as paredes originais. Segundo os responsáveis, o local possui grande importância para a história da arquitetura.
Um dos objetivos da casa é promover o intercâmbio entre os moradores da região e os alunos da USP. O local é aberto para visitas a partir das 11 horas, todos os dias, exceto aos sábados. Existe também uma atividade de visita monitorada para as escolas tratarem da educação a respeito do patrimônio cultural. Segundo a diretora, os estudantes adquirem interesse pelo local, voltando para visitas após as excursões com os amigos ou a família.

Casa de Dona Yayá – Centro de Preservação Cultural Universidade de São Paulo
Rua Major Diogo, 353, Bela Vista
Telefone 3106-3562
Domingo a sexta-feira, das 10h às 16h
Entrada franca


 @edisonmariotti - fonte do acervo do Centro de Memória do Bixiga - código álbum CMB.AV.F.530001