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quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Vai-Vai ganha Carnaval de São Paulo com homenagem a Elis Regina - Com a conquista, a agremiação leva o 15º troféu para o Bexiga, tradicional bairro paulistano onde nasceu.

A Vai-Vai buscou inspiração nos agudos precisos da voz de Elis Regina para levar o Carnaval 2015 de São Paulo.




Com 269,9 pontos de 270 possíveis, sagrou-se campeã após levar cerca de 38 mil pessoas a cantar o refrão de Maria Maria, canção de Milton Nascimento eternizada na interpretação de Elis e embutida no enredo da escola. A combinação emocionou a plateia.

Com a conquista, a agremiação leva o 15º troféu para o Bexiga, tradicional bairro paulistano onde nasceu.

A escola não ganhava desde 2011, quando levou o título com homenagem ao maestro João Carlos Martins, mesclando o samba com música clássica.

“O enredo foi determinante. Falar de Elis chega a ser redundante”, disse Thobias, presidente de honra da Vai-Vai. Segundo ele, o samba foi feito em seis meses, após eleição da diretoria da escola.

O maestro João Carlos Martins esteve entre os diretores da escola durante a apuração. “Quero começar o ano com o pé direito, com a vitória da Vai-Vai”, disse.

O homenageado na vitória anterior foi pé quente.

Após uma apuração acirrada e definida apenas no último quesito, a segunda colocada foi a Mocidade Alegre, que homenageou a atriz Marília Pêra.

Como em todas os anos, a presidente da Mocidade Alegre, Solange Bichara, passou toda a apuração segurando terços e rezando agarrada ao marido, o mestre de bateria Sombra.

As escolas Gaviões da Fiel, Nenê de Vila Matilde e Império de Casa Verde perderam muitos pontos em fantasia e viram ruir suas chances na metade da apuração.

Foram rebaixadas para o Grupo de Acesso a Mancha Verde, com 267,9 pontos, e a Tom Maior, com 267,7.

Mesmo tendo sido penalizada com 1,1 ponto por ter estourado o tempo máximo do desfile, a Acadêmicos do Tatuapé se livrou por pouco do rebaixamento.

SEM TORCIDA
Pelo terceiro ano sem torcida, a apuração seguiu tranqüila.

Em vez dos gritos de torcida que vinham das arquibancadas, só a voz do locutor entremeada por alguns gritos de comemoração. Alguns xingamentos em notas baixas também.

fonte: @edisonmariotti #edisonmariotti  http://alalao.blogfolha.uol.com.br/2015/02/17/vai-vai-ganha-carnaval-de-sao-paulo-com-homenagem-a-elis-regina/


























O bloco foi criado em 1947, por Walter Taverna e seus amigos. É o mais antigo que ainda desfila pelas ruas da cidade e reúne há décadas foliões de todas as idades.

Segundo relatos de pessoas ainda vivas e moradoras do Bixiga, o Bloco Esfarrapado surgiu no Carnaval de 1947. Os foliões desfilam pela 68° vez, pelas ruas do bairro no dia 16 de fevereiro. A concentração é realizada às 10h, na Rua Conselheiro Carrão

entrevista completa  no link - 

http://globotv.globo.com/globo-news/jornal-globo-news/v/bloco-esfarrapado-desfila-em-sp/3969788/







Das 13h às 19h, o bloco desfila pelas ruas Conselheiro Carrão, Almirante Marques Leão, Uma, Rocha, pela Praça 14 Bis, pelas ruas Manoel Dutra, Maria José, pela Avenida Brigadeiro Luís Antônio, pelas ruas Major Diogo, Santo Antônio, Treze de Maio e retorna ao ponto de saída.

Os tradicionais Esfarrapado intercalam marchinhas e sambas-enredo da escola paulista Vai-Vai, com sede no Bixiga. A folia é tanta que o bloco atrai cerca de 10 mil pessoas. E vale lembrar os depoimentos de quem ainda vive no bairro, garantindo que esse encontro carnavalesco reunia por volta de 30 pessoas no início.







fonte: @edisonmariotti #edisonmariotti Centro de memória do Bixiga - http://globotv.globo.com/globo-news/jornal-globo-news/v/bloco-esfarrapado-desfila-em-sp/3969788/

Taça da Escola de Samba Vai-Vai, CAMPEÃ 2015, na Igreja da Achiropita -


Walter Taverna - Agradecimentos à comunidade na vitória do 
CARNAVAL de 2015 da Escola de Samba Vai-Vai








fonte: acervo Centro de Memória do Bixiga código ÁLBUM CMB.AV.F.656.001

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Cerca de 600 foliões acompanham o bloco Esfarrapado no Bexiga, em SP



Bem antes da moda do carnaval de rua voltar com força para as ruas de São Paulo, o bloco Esfarrapado, do tradicional bairro Bexiga, já arrastava multidões durante os quatro dias de folia na capital paulista. Desde 1947 anima os paulistanos com as marchinhas autorais e os samba enredos históricos da escola da comunidade, a Vai-Vai.


A festa começou cedo nesta segunda-feira (16). Desde às 10h, os foliões já começaram a se concentrar na esquina da Rua 13 de Maio com a Conselheiro Carrão. Nas tradicionais cantinas e bares do bairro, a comida italiana e o churrasco davam energia para as horas de carnaval que vinham pela frente. Cerca de 600 pessoas participam do desfile, de acordo com os organizadores.

O vice-presidente do bloco, Francisco Ascorino, de 72 anos, desfila há 50 anos nos Esfarrapados. Vestido com a tradicional cartola branca da Velha Guarda dos Esfarrapado, diz que está relembrando os tempos áureos do carnaval paulista. "Na década de 50 e 60 era lindo de se ver o povo saindo fantasiado, jogando serpentina e desfilando de carro", conta. "É como se fosse uma volta ao passado ver a rua lotada de novo,com muitos jovens pulando carnaval".

No meio da festa, havia muitos integrantes da escola Vai-Vai, que desfilou no sábado (14), no Anhembi, em São Paulo, com o enredo sobre a cantora Elis Regina. Depois da tensão no Sambódromo, o bloco serviu como uma momento relaxante antes da apuração de terça-feira (17). "A gente vive, come e dorme carnaval durante todo o ano. Quando passa o desfile, a nossa válvula de escape é vir para o bloco pular carnaval", conta Ronaldo Ferrara Lemes, de 56 anos, membro da diretoria da escola.

Nos badalos do sino da igreja Nossa Senhora de Achiropita, ao meio-dia, a banda do bloco começou a tocar os clássicos do samba de raiz. Arnaldo não foi esquecido e o Trem das 11 não foi perdido pelos foliões. No repertório também sobrou espaço para Maloca Querida e Coisinha Bonitinha do Pai.

No quesito fantasia, não faltou criatividade. Bob Marley, Odaliscas, Chaplin Colorado e até o Volume Morto da Cantareira marcaram presença. Morador da Vila Prudente, José Vanderlei, de 44 anos, combinou a fantasia de Águas do Cantareira com dois amigos. "A gente decidiu brincar com a realidade. Nada melhor do que o carnaval pra fazer uma crítica de forma engraçada", disse.

Às 13h, o bloco começou o desfile com três trios elétricos pelas ruas Conselheiro Carrão, Almirante Marques Leão, Uma, Rocha e Praça 14 Bis. A previsão é que o Esfarrapado termine as 17h em frente a Igreja Nossa Senhora Achiropita, na Treze de Maio.



fonte: Centro de Memória do Bixiga @edisonmariotti #edisonmariotti http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/brasil/2015/02/16/interna_brasil,561217/cerca-de-600-folioes-acompanham-o-bloco-esfarrapado-no-bexiga-em-sp.shtml AE

Escola de Samba Vai Vai CAMPEÃ 2015

Globo-SP, entrevista
Walter Taverna e Pedro Camargo Mariano,
filho de Elis Regina
sobre o CARNAVAL 2015


 Escola de Samba Vai Vai CAMPEà2015

TEMA: Elis Regina



 Walter Taverna e Pedro Camargo Mariano
Walter Taverna e Pedro Camargo Mariano


Walter Taverna, Pedro Camargo Mariano e Marjorie Sonnenschein








Walter Taverna, Pedro Camargo Mariano
Marjorie Sonnenschein  e Edison Mariotti

Oswaldinho da cuica e Edison Mariotti



fonte: acervo do Centro de memória do Bixiga @edisonmariotti #edisonmariotti

O !bloco Esfarrapado' agita as ruas do Bixiga, centro de SP

O bloco esfarrapado agita as ruas do bixiga centro de SP - 2015
16-02-2015 -

"Bloco dos Esfarrapados" desfila nas ruas do bairro do Bixiga, no centro de São Paulo

fonte: @edisonmariotti #edisonmariotti http://veja.abril.com.br/multimidia/galeria-fotos/o-bloco-esfarrapados-agita-as-ruas-do-bixiga-centro-de-sp-2015

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Na barbearia no Bixiga - O Sr. de chapéu é Sr. Carmelo Taverna, pai de Walter Taverna

Imagens na barbearia do Sr. Walter Taverna






imagens do acervo de imagns - álbum 458 fonte @edisonmariotti #edisonmariotti 




imagem em 2017

Hoje cortei meu cabelo com o meu amigo laus Sant'ana na Barbearia Cavalera!
Tive por muitos anos o mesmo oficio

Seria legal colocar uma foto dele como barbeiro...mas nua sei onde está

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

No coração de São Paulo: Bixiga, com ‘i’

Pé na estrada

Situado no distrito da Bela Vista, na região central da Capital, o TRADICIONAL bairro paulistano preserva boa parte de sua herança ITALIANA, principalmente nos inúmeros restaurantes que honram os mandamentos da BOA MESA
detalhe do acervo no alto da página

No coração de São Paulo: Bixiga, com ‘i’

Taverna, dono de cantinas e presidente do Centro de Memórias do Bixiga


Próximo à barulhenta e agitada Avenida Paulista, em São Paulo, pode-se encontrar um aconchegante reduto italiano com as tradicionais cantinas por toda parte. Assim é o Bixiga, com “i” mesmo, bairro no distrito da Bela Vista que preserva casarões antigos e a cultura ítalo-brasileira, imortalizada nas músicas do sambista Adoniran Barbosa.

Só um detalhe: há quem diga que o “i” foi adotado para refletir justamente esses doces encantos do lugar e o sotaque presente; outros, porém, falam que a troca do “e” foi para desassociar do sentido pejorativo. Explicando: o nome “bexiga” foi dado ao bairro porque, no início do século 19, houve um surto de varíola na região e a aparência das feridas lembravam um balão, ou bexiga. O bairro foi povoado por imigrantes italianos, a maioria da região da Calábria, atrás de oportunidades de trabalho mais atraentes que as lavouras de café do Interior paulista. Já seus primeiros moradores foram negros, que utilizavam a área como refúgio.

E, mais recentemente, migrantes nordestinos chegaram para compor a população. Passados 136 anos desde a origem do Bixiga, o resultado é uma peculiar mistura na qual sobressaem a religião e a cultura dos colonos italianos, sobretudo pela permanência das tradições gastronômicas e as celebrações anuais, como a Festa da Achiropita—santa italiana que é a padroeira do lugar—e o Bolo do Bixiga, realizado no dia 25 de janeiro, dia do aniversário da cidade. Umdos grandes responsáveis pela preservação da história local é Walter Taverna, fundador da Sociedade de Defes a das Tradições e Progresso da Bela Vista (Sodepro), presidente do Centro de Memórias do Bixiga (CMB) e comerciante.

Ao longo de seus 81 anos, “seo” Walter lutou para preservar a memória do bairro, tanto que pediu em 1985 o tombamento do local, o que aconteceu em 2002. “Foi uma loucura minha pedir o tombamento, mas eu precisava fazer alguma coisa para que a especulação imobiliária não tomasse conta”, diz. Filho de sicilianos, ele nasceu e cresceu no Bixiga e compartilha a história do local no CMB, onde guarda 30 mil fotos e documentos. “Estou colocando aos poucos da internet para que mais gente possa ver e consultar”, revela.

O centro não tem horário fixo de funcionamento, mas quem quiser conhecer a entidade só precisa ligar e combinar com “seo” Walter— ou procurá-lo pelas ruas do distrito. Simpático e contador de boas histórias, ele gosta de prosear. Conta que depois de muitas rasteiras na vida, quase nenhum estudo e muito trabalho, conseguiu comprar o primeiro restaurante, Conchetta, nome em homenagem à “maior linguaruda do Bixiga”, conta. Depois vieram o Scapriciatello, o Poderoso Chefão, o Atlanta, mais Conchettas, o São José, o Taverna, o Bixiga Amore Mio...

Nem tudo deu certo, mas hoje ele é proprietário de quatro cantinas. O Conchetta é localizado na Rua Treze de Maio, 560. As mesas e cadeiras do restaurante são cobertas com panos nas cores da bandeira da Itália—verde, vermelho e branco —, e varais com camisetas e bandeiras fazem uma bem-humorada referência ao país. 
Vinhos dispostos em restaurante do Bixiga, bairro onde também
pode ser encontrada uma variedade de produtos, como no Empório Basilicata


O local abre todos os dias e conta sempre com a presença do proprietário, que aos sábados costuma das um “show de panelaço” para os clientes, batendo tampas de panela de modo admirável. “Antigamente, os instrumentos musicais era muito caros na Itália, então as pessoas pegavam o que podiam para fazer barulho, e a panela era uma delas. Acabou virando tradição”, diz garantindo que a atividade ajuda a combater o estresse e as dores musculares, além de dar autoconfiança. Cantinas Poucas quadras acima do Conchetta, fica a Cantina Roperto, fundada em 1942. Passadas de geração em geração desde a chegada da família ao Brasil, o restaurante preserva essa trajetória nas paredes com fotos de família, um documento de viagem e o brasão do “clã”.

O cardápio tem cerca de 20 tipos de massa a serem combinadas com diferentes molhos, além da famosa perna de cabrito e o filé à parmegiana. Na mesma rua estão a Lazzarela, cujo destaque do menu é a lasanha, e a Villa Tavola que, com 2.000m², ocupa cinco antigos casarões do início do século 20. Paralelamente, na Rua Rui Barbosa, encontram-se a Cantina Gran Roma - Tratoria Belvedere, com várias sugestões de massas, carnes, peixes e frutos do mar, e a C que Sabe...!, que possui decoração típica do Sul da Itália e uma galeria de fotos de artistas que frequentaram a casa. Esses são apenas alguns dos restaurantes, coisa que não falta no Bixiga (veja o quadro ao lado).

Ronaldo Roperto e a filha Alessandra na cantina que leva o nome da família: de geração em geração desde 1942

Empório Chama a atenção o número 614 da Rua Treze de Maio: uma pequena portinha, logo numa olhada rápida, revela gostosuras. Trata-se do Empório e Padaria Basilicata, criada em 1914 por Felipe Ponzio, nascido na região da Basilicata, quem trouxe para o Brasil a receita de um pão local. Cem anos se passaram e o estabelecimento mantêm a qualidade dos produtos. E são muitos: azeites, vinhos, sardelas, patês, azeitonas, frios e muitos pães. Fica na altura do número 614 e funciona de segunda a sábado, das 7h às 20h, domingos e feriados, das 7h às 14h. Telefone: (11) 3289-3111.


Ronaldo Roperto e a filha Alessandra na cantina que leva o nome da família: de geração em geração desde 1942



DICA DA REPÓRTER
A Praça Dom Orione abriga o busto do saudoso Adoniran Barbosa. Uma justa homenagem ao sambista que retratou o bairro do Bixiga em seus versos e o sotaque característico do local nas suas interpretações. Filho de imigrantes italianos, Adoniran nasceu em 6 de agosto de 1910, em Valinhos, e viveu boa parte dos seus 72 anos em São Paulo, onde recebeu o título de “pai do samba paulista”. Figura curiosa que frequentemente ia ao Bixiga, ora para cantar, ora para curtir os bares e restaurantes. Além da estátua do compositor, a praça é uma boa dica pela feira de antiguidades que ocorre aos domingos, das 10h às 18h. A feira existe há 30 anos e conta com aproximadamente 200 barracas, onde encontra-se quase tudo.





 fonte: @edisonmarioti acervo do centro de Mem´ria do Bixiga CBM.H.000.716

 Campinas SEXTA-FEIRA 9 / 01 / 2015 CORREIO POPULAR
Marita Siqueira  DA AGÊNCIA ANHANGUERA marita.siqueira@rac.com.br